“Saudade: Recordação, ao mesmo tempo triste e suave, de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de tornar a vê-las ou possui-las. ” Fecho o dicionário, isso já é demais para mim, quem disse que que quero tornar a vê-la? E a parte do “suave” com toda certeza não combina comigo. Como eu disse eu não estou com saudade de você, nem do seu cheiro, nem da sua voz, tão pouco daquele bolo delicioso com chocolate quente, que aliás cairia muito bem agora.
Vamos
lá, foco! O que está acontecendo? Eu não posso me deixar levar por esse deslize
emocional. Não! Não vou telefonar, nem mandar mensagem, nem carta, nem sinal de
fumaça, eu não quero e não preciso saber se você já melhorou daquela dor na
coluna. E pouco me importa como vão as aulas de francês, e claro que não vou
assistir sua apresentação com a orquestra da cidade. Ah! A orquestra, como você
estava linda tocando sua flauta doce...
Tenho
que me livrar destas lembranças, não quero nada que me lembre de você, afinal
quando foi mesmo que eu comecei a gostar disso? Orquestras? Nunca dei a mínima,
até você chegar e mudar tudo por aqui. Poxa, por que me deixou aqui, ouvindo
roupa nova e gritando no refrão “NÃO ME DEIXE AQUI NO CHÃAAAAO NO FRIO DA
SOLIDÃO”. A que ponto chegamos hein!? Jamais pensei me encontrar afundado no
sofá relendo suas mensagens e olhando suas fotos. Agora é sério, eu exijo que
você me tira dessa fossa!!! Esse não sou eu.
Recebo
uma mensagem, é o Beto: “Hey vamos sair! Você está consumido pela saudade! ” E
pela primeira vez em toda minha vida, eu tenho de concordar com ele. É demorou,
mas a ficha caiu, eu preciso, e quero estar com você. Pego o telefone, no visor
seu número. Chamar. “Alô? Eu estava louco de saudades...”
*Este post faz parte do Desafio de Escrita. Tema 23. Clique aqui para ver a lista completa.*
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