O parquinho da vida

em sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Está bem difícil não é mesmo? Pois é, eu sei, e talvez sempre estivesse assim. Talvez você apenas não tivesse percebido ainda. Bom, mas ao que parece você finalmente percebeu, talvez um pouco tarde, talvez ainda bem cedo, o que importa é que a ficha caiu.
            Talvez esteja na hora de mudar, de sair do parquinho de uma vez. Abandonar as gangorras e os balanços que ficam em um sobe e desce e um vai e vem interminável. Deixar o gira-gira que roda e roda e nada muda, nada sai do lugar, apenas te deixa tonto, - e acredite: você não precisa disso-.  Esqueça, em especial, o escorrega, nele você sobe até o último degrau e desce em tempo recorde, sem tempo para apreciar a paisagem, a beleza, ou ao menos a felicidade de ter conquistado tantos degraus.
 Agora pare, olhe, atenção, o que você vê? É apenas seu mundinho rodando, mudando e você aí preso em um “parquinho” onde nada te deixa subir, nada te completa ou te enche efetivamente, ou te levam para baixo, ou não te tiram do lugar, te deixam voar e logo cortam suas asas. Sim, o parquinho te preparou para viver, te mostrou a vida e você nunca se deu conta disso.
Nos parquinhos você aprendeu que se não nos esforçamos nada muda, que dependemos de outras pessoas para que possamos reinventar, mas que não são elas que determinam o rumo, o futuro, elas apenas te dão um empurrão, uma força, e algumas nem isso. Brincando aprendemos que depende de nós, mas aprendemos também que não estamos sós e que precisamos de outros.
Os parques nos ensinaram que não importa quanto tempo passe sempre estaremos nele, subindo e descendo, acreditando que podemos voar, e enfim voando...! Ensinaram também que podemos sozinhos sim, mas que bem acompanhados tudo é melhor. Apesar de nunca terem o devido reconhecimento, os parques são a vida, com seus desafios, suas quedas, sorrisos, lágrimas, satisfações e frustações, e nós? Continuamos sendo aquelas crianças entusiasmadas, mesmo que agora de uma forma mais “madura”.

A emoção não está em quão alto você vai, mas em quão alto você sonha e o quanto luta por isso!



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