Eu adoro dar conselhos para as outras pessoas. Quando se
está de fora, é muito mais fácil avaliar a situação e tomar uma decisão lógica,
enxergar as possibilidades e encontrar uma solução de maneira objetiva. As
vezes até pareço bem fria, sou bem direta e rude em algumas ocasiões, o
problema é que aconselhar é bem fácil, seguir os conselhos não. Ouço tudo com
muita atenção, avalio e pronto, te dou me veredito, assim, sem choro nem vela,
acontece que quando é comigo eu nunca sei o que fazer!
Vamos
lá, sejamos honestos, quem consegue seguir os próprios conselhos? Se você
consegue venha aqui e me ensine esse truque. Por mais simples que seja a
situação, eu penso, penso, penso, e nunca sei o que fazer, como agir, o que
dizer, e sempre preciso buscar conselhos nos meus próprios aconselhados.
Geralmente, eu saberia exatamente o que dizer se fosse uma outra pessoa me
falando sobre a situação na qual eu me encontro, mas quando eu sou a
coadjuvante, fico perdida igual uma barata tonta, sem saber que direção seguir.
Além de
todo esse problema as vezes fico relutante em colocar o conselho em prática, em
outras ocasiões não penso duas vezes e quando vejo, pronto, já não tem mais
volta, já falei/fiz sem nem pensar nas consequências. E logo eu, que
simplesmente adoro usar aquela frase deliciosa: “Eu te avisei” ou aquela outra
“Viu como eu tinha razão? ”, detesto ouvir o mesmo, é simplesmente o fim.
Por que
será que nos vemos tão capazes de solucionar problemas de outras pessoas e
dificilmente nos apresentamos assim quando se trata de nós mesmos? Sim vou
terminar com uma pergunta, esta pergunta que deve existir a muito tempo e que
até hoje não obteve resposta alguma.
Temos medo de pôr nossos próprios conselhos em prática por medo de se arrepender, achando que quem vê de fora sempre verá de um jeito melhor que nós mesmos... nem sempre é assim... e às vezes também é bom quebrar a cara!
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