Obrigada!

em quinta-feira, 16 de junho de 2016

Tenho a terrível e maravilhosa mania de me relacionar, apaixonar e identificar-me com personagens literários. Mais que isso, costumo olha-los como minhas crianças, meus amigos, pequenos, frágeis, e que necessitam de todo carinho e atenção, me tornando responsável por cuida-los e guarda-los na memória. Protegê-los a sete chaves, dentro de mim, junto a tudo que aprendi, absorvi, e tomei como conhecimento.  
Relembrando agora de nomes, aquele meu sorriso preferido, aquele que nasce no canto esquerdo, discreto e cheio de emoção, brotou. Minha querida Liesel, quantas lágrimas derramei, quanto sofrimento passei, só gostaria de te pegar no colo, gostaria de saber que tudo fora uma invenção, mas não, todo este inferno retratado foi real. E Ana, minha menina, (Ana tantas Anas, quantas Anas, todas Anas) o primeiro livro que me fez chorar, o primeiro livro da estante dos “meninos grandes”, minha primeira garotinha.
Não acredito, nem conheço nenhum romance nacional melhor, maior, mais significante e complexo que “Dom Casmurro” e, só para deixar claro, Capitu não cometeu adultério, e na verdade Bentinho é louco. Mas, agradeço imensamente a Lutécia, de uma outra obra, por ter feito com que meus olhos enxergassem o quão maior a história é, não me ligar apenas a traição, mas ir mais a fundo e ficar ainda mais encantada.
Gênios, que nos envolvem, divertem, emocionam e nos prendem, com enredos maravilhosos, personagens tão reais que me fazem duvidar e acreditar, desacreditando.  Quem dera pudesse ter somente um pouquinho da genialidade de criar e fazer sentir. Quem dera pudesse encontrar uma passagem para algum reino maravilhoso. Quem dera pudesse fazer de minhas palavras algo tão fantástico quanto um livro.

Deixo aqui o meu muito obrigada, e minha sincera admiração. Meu carinho intenso e meu baú de memórias, onde estão cada um de meus queridos amigos personagens. Obrigada por me fazerem ver além, sentir mais, e principalmente, por me fazerem ser quem sou. 


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