Vamos viver!

em quarta-feira, 3 de junho de 2015

Quarta-feira véspera de feriado e como estou? Uma pessoa normal da mesma idade que eu e fã de carteirinha de todas e quaisquer tipos de festas ou “rolezinhos” diria que está completamente feliz, animada ou até aliviada: “POXA FINALMENTE FERIADO! ”
Confesso que já fui muito mais apaixonada, ou até mesmo atraída por dias assim, sem responsabilidades. Acontece que neste ano, para a minha humilde pessoa, todo dia é igual, sem muita cobrança, diferença ou inovação. Por isso nesta maravilhosa (e gelada) quarta-feira pré-feriado cá estou escrevendo no meu blog.
Acabei de escrever uma redação com o tema: “Bolsa Família”, sim sou uma das centenas ou melhor, milhares de pessoas que estão se preparando (inclusive psicologicamente) para o tão esperado, comentado, criticado, assustador e tudo mais, ENEM. Em parceria com uma amiga (Joinvillense? Sei lá. Talvez...) escrevemos uma dissertação toda semana, e acabei de acabar a dessa semana.
- Tá Jake, e daí? Você é a única por acaso?
Óbvio que não, mas precisava começar bem e estava, estou, super disposta a redigir hoje. Quando acabei de escrever sobre a eficiência do programa (já citado acima) fiquei parada, como se tivesse terminado de ler uma história ultra emocionante que deveria durar no mínimo uma semana, mas que acabei lendo em no máximo dois dias. (Se você, além de bom ouvinte também é um leitor de carteirinha sabe exatamente do que estou falando.), e nessa, de ficar vidrada, passei a ouvir (com atenção) os sons da rua. Eram muitos, eram diferentes, uns insuportáveis, outros encantadores, mas que juntos pareciam uma orquestra muito bem regida.
Os pássaros cantavam, eram pardais e seus piados incansáveis, maritacas gritando (literalmente) umas com as outras, bem-te-vis bem vendo a alguém, e outras espécies das quais não me lembro os nomes.... Na batera e guitarra, digamos assim, estavam os pedreiros no vizinho da rua de baixo, cortando, batendo, pregando, construindo ou reformando, não sei ao certo. Na rua pessoas com suas conversas infinitas (entre elas minha mãe, que por sua vez adora falar), outras com seus carros, caminhões, motos, e seu ir e vir interminável. Cachorros latindo sabe-se Deus com o quê, e um bebe, com seu riso manso, provando que o ciclo continua, que é interminável, que devemos sorrir mesmo quando nossa avó e a vizinha não nos dão atenção (sim ele queria atenção, e sorria à toa para elas *-*).
Daí fiquei pensando na vida, e como somos egoístas e até mesmo hipócritas. Nós, pobres seres humanos que julgamos sem conhecer, falamos sem pensar, nos perdemos em nós mesmos e nos tornamos incapazes de sair de nossa própria cadeia de segurança máxima estilo norte-americana, construída em nossos próprios cérebros, onde perdemos, rejeitamos e desprezamos pessoas, sentimentos e sensações. Acostumados a apenas sobreviver. Apenas passar. Apenas olhar. Apenas olhar a vida passar.
          Não apenas de música vivem os ouvintes, muito além disso, o bom ouvinte é aquele que sabe apreciar cada barulho do seu dia, que sabe distinguir a fala forçada da fala natural, que sabe eliminar o tédio com o mais ensurdecedor estrondo sendo capaz de viajar também com ele. Qualquer ruído, por menor que seja, significa vida e vida é o bem mais precioso que temos. Ninguém nunca precisa do silêncio absoluto, nem o pode ter, por menos que queira lá está sua respiração para te fazer companhia e lembrar que você está vivo. E se você está vivo não deixe essa oportunidade passar.

Já ouviu o som da sua rua hoje? Já analisou? Já respirou bem fundo só para poder ouvir? Já sorriu? Você É ou ESTÁ feliz? O que você quer? O que fazer para mudar o mundo? Como mudar o SEU mundo? Vá lá, ouça, sinta, reflita, sonhe, realize. O dia de hoje é O mais importante, o mais interessante. Ele é único. Ele é seu! Mostre para o mundo, e especialmente, prove para você, que você e só você é capaz de reger esta partitura, só você pode comandar sua vida. Saiba aproveitar, saiba viver, VIVA!

Fiquem com Pitty agora! Obrigada, de nada! 



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