Quarta-feira véspera
de feriado e como estou? Uma pessoa normal da mesma idade que eu e fã de
carteirinha de todas e quaisquer tipos de festas ou “rolezinhos” diria que está
completamente feliz, animada ou até aliviada: “POXA FINALMENTE FERIADO! ”
Confesso que já
fui muito mais apaixonada, ou até mesmo atraída por dias assim, sem
responsabilidades. Acontece que neste ano, para a minha humilde pessoa, todo dia
é igual, sem muita cobrança, diferença ou inovação. Por isso nesta maravilhosa
(e gelada) quarta-feira pré-feriado cá estou escrevendo no meu blog.
Acabei de
escrever uma redação com o tema: “Bolsa Família”, sim sou uma das centenas ou
melhor, milhares de pessoas que estão se preparando (inclusive
psicologicamente) para o tão esperado, comentado, criticado, assustador e tudo
mais, ENEM. Em parceria com uma amiga (Joinvillense? Sei lá. Talvez...)
escrevemos uma dissertação toda semana, e acabei de acabar a dessa semana.
- Tá Jake, e
daí? Você é a única por acaso?
Óbvio que não,
mas precisava começar bem e estava, estou, super disposta a redigir hoje.
Quando acabei de escrever sobre a eficiência do programa (já citado acima)
fiquei parada, como se tivesse terminado de ler uma história ultra emocionante
que deveria durar no mínimo uma semana, mas que acabei lendo em no máximo dois
dias. (Se você, além de bom ouvinte também é um leitor de carteirinha sabe exatamente
do que estou falando.), e nessa, de ficar vidrada, passei a ouvir (com atenção)
os sons da rua. Eram muitos, eram diferentes, uns insuportáveis, outros
encantadores, mas que juntos pareciam uma orquestra muito bem regida.
Os pássaros cantavam,
eram pardais e seus piados incansáveis, maritacas gritando (literalmente) umas
com as outras, bem-te-vis bem vendo a alguém, e outras espécies das quais não
me lembro os nomes.... Na batera e guitarra, digamos assim, estavam os
pedreiros no vizinho da rua de baixo, cortando, batendo, pregando, construindo
ou reformando, não sei ao certo. Na rua pessoas com suas conversas infinitas
(entre elas minha mãe, que por sua vez adora falar), outras com seus carros,
caminhões, motos, e seu ir e vir interminável. Cachorros latindo sabe-se Deus
com o quê, e um bebe, com seu riso manso, provando que o ciclo continua, que é interminável,
que devemos sorrir mesmo quando nossa avó e a vizinha não nos dão atenção (sim
ele queria atenção, e sorria à toa para elas *-*).
Daí fiquei
pensando na vida, e como somos egoístas e até mesmo hipócritas. Nós, pobres seres
humanos que julgamos sem conhecer, falamos sem pensar, nos perdemos em nós
mesmos e nos tornamos incapazes de sair de nossa própria cadeia de segurança
máxima estilo norte-americana, construída em nossos próprios cérebros, onde
perdemos, rejeitamos e desprezamos pessoas, sentimentos e sensações. Acostumados
a apenas sobreviver. Apenas passar. Apenas olhar. Apenas olhar a vida passar.
Não apenas de
música vivem os ouvintes, muito além disso, o bom ouvinte é aquele que sabe
apreciar cada barulho do seu dia, que sabe distinguir a fala forçada da fala
natural, que sabe eliminar o tédio com o mais ensurdecedor estrondo sendo capaz
de viajar também com ele. Qualquer ruído, por menor que seja, significa vida e
vida é o bem mais precioso que temos. Ninguém nunca precisa do silêncio absoluto,
nem o pode ter, por menos que queira lá está sua respiração para te fazer
companhia e lembrar que você está vivo. E se você está vivo não deixe essa
oportunidade passar.
Já ouviu o som
da sua rua hoje? Já analisou? Já respirou bem fundo só para poder ouvir? Já
sorriu? Você É ou ESTÁ feliz? O que você quer? O que fazer para mudar o mundo? Como
mudar o SEU mundo? Vá lá, ouça, sinta, reflita, sonhe, realize. O dia de hoje é
O mais importante, o mais interessante. Ele é único. Ele é seu! Mostre para o mundo,
e especialmente, prove para você, que você e só você é capaz de reger esta
partitura, só você pode comandar sua vida. Saiba aproveitar, saiba viver, VIVA!
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